terça-feira, 21 de abril de 2009

Páscoa, coelhos, formigas, cigarras e afins...


Eita! Quanto mais tempo a gente quer ter, menos conseguimos!

Estou com o texto pronto na minha cabecinha desde antes da Páscoa (até porque é relacionado à esse feriado), mas e cadê tempo para sentar na frente do micro?

Vamos ver se agora sai!
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Páscoa... inevitavelmente pensa-se em coelhos, ovos, chocolates e prosperidade. Os católicos lembram de sexta-feira santa, comer peixe, sacrifício (pô, comer bacalhoada à portuguesa com azeite é sacrifício??), cruz e ressurreição. Mas juntar tudo isso num só sentido são poucos que conseguem. Normalmente as crianças saem com perguntas do gênero "coelhos botam ovos?" e deixam seus pais de cabelos em pé para explicar tuuuudo!

O feriado da Páscoa tem no paganismo correspondências que, na verdade, são historicamente anteriores à simbologia cristã, mas que dizem respeito à Primavera e não ao Outono.

Definição da data da Páscoa

Taí algo que muita gente não sabe... O domingo de Páscoa é a data-base do calendário cristão, pois derivada dela saem os demais feriados com datas variáveis (quarta-feira de cinzas, corpus christi). E a data é definida pela LUA! A Páscoa é sempre no primeiro domingo depois da primeira lua cheia do outono (pós 21 de março). Se quiser tirar a dúvida, pegue um calendário e confira!

Essa lua cheia em questão, a do mês de abril, é chamada de "Lua de Sangue". Esse nome têm significado que remota aos camponeses, que, em vias de esfriar, tinham que escolher na criação os que iriam matar e salgar a carne, e os que iriam sobreviver ao inverno para procriar na primavera. Como ilustrado na fábula da Cigarra e da Formiga, era uma época de guardar mantimentos e carnes para passar o rigor da estação que apontava no horizonte.

Para os pagãos, o similar mais próximo da Páscoa é o Ostara, que ocorre no Equinócio da Primavera, e que significa a Terra novamente desperta, após o inverno. Daí com a correspondência de ovos, fertilidade, coelhos (porque os coelhos têm a capacidade de gerar mais de uma cria por temporada). Sobre Ostara, outro texto virá no momento adequado...

sábado, 4 de abril de 2009

Mabon - correspondências


Costumes e Tradições

É tradição reunir os amigos para um jantar, a fim de celebrar a fartura e comemorar as conquistas.

Também é costume retirar um tempo para dar uma atenção à sua casa, como consertar objetos estragados, restabelecer os estoques ou simplesmente fazer uma faxina. É comum em algumas tradições realizar uma bênção na casa no dia de Mabon.

Correspondências


Plantas e frutos: Flores de acácia, benjoim, madressilva, malmequer, mirra, folhas e cascas de carvalho.

Comidas típicas: Maçãs, nozes, castanhas, amêndoas, milho, amoras pretas, jabuticabas, cravo, além de pães, tortas e outros pratos feitos a partir dos frutos da estação.

Bebidas típicas: Vinhos, cervejas, sidras, além de sucos e outras bebidas preparadas a partir dos frutos da estação (em especial a maçã).

Incensos: cravo, patchouli, mirra, maçã, benjoim e sálvia.

Cores: marrom, verde, laranja e amarela. (Cores outonais no geral).

Pedras: cornalina, lápis-lázuli, safira e ágata amarela.


Bebida mágica de Mabon


Essa bebida sagrada tem um significado profundo. A maçã rege o coração, a sidra representa o eu, por si só já é uma poção de amor. Mas quando misturada com canela, que é governada pelo Sol, representa a essência solar e, ao ingerirmos esta bebida, é como se estivéssemos ingerindo a própria luz do Sol.

A bebida mágica de Mabon consiste de:
- sidra de maçã quente
- canela
- pequenas rodelas de maçã

Mabon


Mabon - 21 de março

É também conhecido como Equinócio de Outono ou Festival da Segunda Colheita. Celebrado no dia do Equinócio de Outono, que corresponde a aproximadamente dia 20 de março no hemisfério Sul e no dia 22 de setembro no hemisfério Norte (as datas dos equinócios podem apresentar uma variação de até 3 dias de acordo com o ano).

Esse sabbat, que ocorre entre o Primeiro festival da colheita (Lughnasadh) e o Ano Novo pagão (Samhain), marca o início do outono, dia santo pagão de descanso da colheita e comemoração, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que foi colhido e caçado. É uma época de equilíbrio, onde o dia e a noite têm a mesma duração.

Este é o segundo dos feriados da Colheita. A fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos desaparecendo, enquanto os estoques se enchem. Derrama-se leite sobre a Terra para agradecer pela fertilidade e bondade da terra. Agora nos fechamos, e nossos corações voltam-se para nós mesmos. Período Negro do ano se aproxima aos poucos. É uma data especial para invocarmos espíritos familiares, guardiões e antepassados, para pedir sua ajuda e aconselhamento no período mais negro da Roda em pouco tempo se fará presente.

É o dia de ação de graças do paganismo. Data onde os pagãos honram o Deus em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser forrado com folhas secas. O deus está agonizando e logo morrerá. este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotisa e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela, Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.